Renúncia quaresmal será destinada às obras no Seminário dos Olivais

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Uma estrutura essencial na «formação dos futuros padres da região e de outras tantas dioceses», lembra D. Manuel Clemente.

O cardeal-patriarca de Lisboa apelou hoje ao contributo solidário das comunidades católicas para as obras que estão em curso no Seminário Maior de Cristo-Rei, nos Olivais.
Esta noite na Sé, durante a celebração da Missa de Cinzas, D. Manuel Clemente adiantou que a renúncia quaresmal de 2017 vai ser destinada à renovação do Seminário dos Olivais, “onde se formam os futuros padres” da diocese e de “outras dioceses de Portugal, África e Índia, alguns gratuitamente”.
Na sua homilia, enviada à Agência ECCLESIA, o cardeal-patriarca realçou que “a manutenção e os custos deste inestimável serviço eclesial são consideráveis, ainda que feitos com muita contenção”.
Está atualmente em curso a renovação da pintura do edifício e em breve vai ter início o restauro da “parte do edifício que tem servido para a Conferência Episcopal Portuguesa, que sairá no próximo verão”, informou ainda D. Manuel Clemente.
Numa estrutura de pastoral vocacional que integra ainda o Pré-Seminário de Lisboa; o Seminário Menor de Nossa Senhora da Graça, em Penafirme; o Seminário ‘Redemptoris Mater’, em Caneças, e o Seminário de São José de Caparide; o Seminário Maior dos Olivais é a última etapa de formação antes do sacerdócio.
Uma valência onde os candidatos cumprem os seus “estudos filosóficos, teológicos e pastorais” e que “beneficia, além de Lisboa, outras tantas dioceses”, reforçou D. Manuel Clemente.
“Sei que posso contar com a sensibilidade e o carinho dos diocesanos de Lisboa para com os nossos Seminários. Mas só com a ajuda de muitos se poderá levar por diante tão grande tarefa”, acrescentou.

Na sua mensagem para o tempo de Quaresma, o cardeal-patriarca de Lisboa desafiou os católicos a viverem este tempo com os “olhos” de Cristo, que quer curar a “cegueira” de um mundo que tantas vezes passa ao lado daqueles que estão mais necessitados.
“Ser cristão é substancialmente um outro modo de ver. Jesus ofereceu-se em cada cuidado prestado, inteiramente e porque sim. Porque as necessidades dos outros eram imediatamente as suas”, apontou D. Manuel Clemente na Sé de Lisboa.
O cardeal-patriarca classificou ainda este tempo litúrgico como um convite a “converter o olhar” e não apenas em termos “de oftalmologia” mas nas atitudes interiores.
“Uma Quaresma pode não ser demais, quando a vida inteira corre o risco de ser de menos”, frisou aquele responsável, para quem chegou a altura de “cada um pôr a mão na consciência e aí encontrar o olhar de Deus”.
Um olhar “tão essencial” mas ao mesmo tempo “recriador”, porque aponta uma nova “esperança” para um “mundo tão cansado de esperar”.
“Que esta Quaresma chegue para tal. Não a retardemos nós”, pediu D. Manuel Clemente.

A Quaresma, iniciada hoje, é um período de 40 dias marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

JCP
Lisboa, 01 mar 2017 (Ecclesia)
Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/lisboa-patriarcado-destina-contributos-quaresmais-para-as-obras-no-seminario-dos-olivais/