Profissão Religiosa dos Votos Perpétuos da Ir. Ana Margarida Lucas | 1 de Junho de 2024

thumb image site 2024-05-21 ana lucasNo Sábado, dia 1 de Junho de 2024, pelas 17H00 na Igreja Paroquial de Caldas da Rainha, terá lugar a Celebração da Profissão Religiosa dos Votos Perpétuos da Ir. Ana Margarida Lucas, OP, da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, presidida pelo Senhor Cardeal D. Manuel Clemente, Patriarca emérito de Lisboa.

A Ir. Ana Lucas é natural de Caldas da Rainha e foi baptizada na Paróquia de Nossa Senhora do Pópulo. Aqui fez o seu percurso normal, quer na escola e na catequese. Ingressou na licenciatura em Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e fez uma pós-graduação em Gerontologia Social.
Foi sempre muito activa na paróquia, tendo assumido nos últimos anos o serviço de Ministra Extraordinária da Comunhão. Participou no Encontro de Taizé em Lisboa e na Jornadas Mundial da Juventude em Colónia, em 2005, e na Jornada Mundial da Juventude em Madrid, em 2011. O seu desejo de fazer voluntariado missionário levou a que aderisse ao grupo de Voluntariado Teresa de Saldanha (VTS), tendo partido em missão para Angola, em 2006, e Timor em 2012.
Ao regressar de Timor, entrou no postulantado na Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena e prosseguiu para o noviciado, tendo feito os primeiros votos em 2017.
Já como irmã dominicana desta congregação, seguiu para Estremoz e posteriormente para a Albânia em 2019. Em 2023 mudou-se para Lisboa, para ajudar na Jornada Mundial da Juventude, como voluntária no “contact center”, onde atendia e esclarecia os peregrinos das mais variadas proveniências.

A Profissão Religiosa dos Votos Perpétuos é o ritual no qual os religiosos e religiosas realizam a renovação solene e permanente dos votos. É um compromisso para a vida, com a comunidade religiosa e com o carisma específico da congregação, marcando uma entrega total a Deus e ao serviço da Igreja e do mundo. É um momento de celebração, gratidão e consagração, que representa o culminar de uma primeira etapa de formação e o início de uma vida religiosa plena e comprometida. Com a observância dos votos de pobreza, castidade e obediência, enquanto acto de entrega total a Deus e à Congregação, tem como objectivo último a santidade e o serviço ao próximo, alicerçados numa vida de oração.

A Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena surgiu em Portugal numa época caracterizada pelo descontentamento da população face aos diversos acontecimentos iniciados na primeira metade do século XIX, como as lutas liberais e a extinção das ordens religiosas em 1834 e, mais tarde em 1862, com a expulsão das Irmãs da Caridade Francesas, que levaram a uma crise profunda na Igreja.
A Jovem Teresa de Saldanha, tinha um grande desejo de se consagrar a Jesus na vida religiosa. Devido à situação do país e impossibilitada de ir para o estrangeiro pela posição política e social da sua família, não ficou de braços cruzados. Movida pela situação das crianças pobres “os pezinhos descalços” e as mulheres exploradas, sem acesso à educação, fundou, uma Congregação portuguesa de Irmãs Dominicanas, vocacionada para a educação de crianças pobres e ricas, para o auxílio de doentes, para a prática de todas as obras de misericórdia.