Catequese | Festa da Palavra 2019

No passado Sábado, dia 26 de Janeiro, foi celebrada a Festa da Palavra, festa em que as crianças e jovens receberam uma Bíblia oferecida pela comunidade paroquial. De facto, a catequese é uma parte da missão que é dada à comunidade, manifestada através do empenho, da oração e da sua presença nesta celebração.

O P. Dionísio propôs que a homilia fosse sobretudo um diálogo com os mais novos e começou por explicar as duas mesas mais importantes que temos no espaço da Igreja: a mesa da Palavra e a mesa do Pão, a primeira que alimenta a inteligência com a verdade e luz que provêm da Palavra do Senhor e a segunda com o Pão que o Senhor nos dá, com amor e doação, que no fundo é a sua própria vida.

No Evangelho lido, do Domingo, é referido que Jesus entra na casa de oração dos judeus – a sinagoga – e é-lhe entregue o livro de Isaías, que desenrola e lê uma passagem que encontra: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor”. Ao terminar, enrolou o livro, sentou-se e o povo com os olhos fixos n’Ele, disse-lhes: “Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura”.

Continuando a homilia, o P. Dionísio referiu-se a Jesus como aquela pessoa sobre a qual o Espírito Santo repousou no baptismo para anunciar a boa-nova e sublinhou que aquela curta homilia de Jesus na sinagoga é a verdade em que todos acreditamos. São palavras do Senhor, nosso pai celeste, nosso amigo, que vêm ao nosso encontro para nos enriquecer e fortalecer, da mesma forma como numa passagem se pode ler que “Maria guardava a palavra que ouvia de Jesus em seu coração” ou, como se cantou no refrão do salmo, “as vossas palavras, Senhor, são espírito e vida”. Por isso a celebração em si não pode ser comparada a um “acto formal da sociedade” uma vez que o que vai ser lido é orientado para acontecer nas nossas vidas com a força, luz e amor que nos enriquecem e, por isso, é impossível voltar a casa cansado da celebração quando esta é animada pela Palavra do Senhor.

Na primeira leitura a partir do Livro de Neemias são relatados os gestos que acompanham a leitura do “Livro da Lei”, muitos dos quais ainda hoje são repetidos por nós, sacerdote e povo, devidamente adaptados à realidade actual. No entanto, apesar da leitura se resumir a um apelo para seguir a Lei que conduz ao Pai, o povo desata a chorar porque estava arrependido e queria mudar o que fosse possível. Nisto o governador Neemias, Esdras e os levitas, que ambicionavam uma celebração que levasse à alegria da fidelidade ao Senhor, convidaram o povo a preparar uma grande e saborosa refeição e a partilhar com quem pouco tinha, pois era o dia consagrado ao Senhor.

Concluindo a homilia, o P. Dionísio mostrou assim que a Palavra de Deus tem a sua eficácia pois foi capaz de mudar a vida daquela comunidade, que descobriu a alegria verdadeira que vem do Senhor, e terminou afirmando com toda  certeza que “a alegria do Senhor é a nossa fortaleza”.